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vizinho das nuvens

ENTRA E BEBE UM CAFÉ DE POESIA

vizinho das nuvens

ENTRA E BEBE UM CAFÉ DE POESIA

Sem ti não sei ser eu

Março 21, 2013

poesianunorita

Amo-te com a serenidade de um rio.

Mas por vezes sinto-te a escapar como areia pelos dedos.

 

Os teus olhos embarcam em viagens para onde não fui convidado,

lugares só teus, para os quais não forneces bilhete

e para onde precisas de ir, 

só Tu.

 

Mas regressas, regressas sempre.

 

Minha vida, minha pele.

 

Sem ti não sei ser Eu, seria outro.

 

Ainda não compreendi ao que vim mas contigo sou Eu e não outro

e quero ser Eu e não outro.

 

Se é exagero amar-te então deixa-me ser exagerado.

Se é exagero querer ser Eu e não outro,

por favor, deixa-me ser Eu.

 

Junto de ti.

 

Regressas sempre, bem sei.

Aguardo.

Mas receio…

Tarde que tarda

Março 20, 2013

poesianunorita

 

Aborrecida tarde que tarda em passar.

Tarda tanto que me está a enjoar.

Tenho tempo de sobra para pensar

e talvez seja esse o problema

desta tarde que tarda em passar.

 

Penso tanto e em tudo que começo a delirar.

Tenho a tentação de me deixar afundar.

E essa tendência tende a se enroscar

nesta tentativa de um poema

sobre esta tarde que tarda em passar.

NU

Fevereiro 24, 2013

poesianunorita


Estou nu...

sem máscara e sem par,

sem terra para me ligar,

enrugado, roxo e curvado

que não sei se morro ou se nasço

                      e entre o nascer e o morrer está a poesia

 

Estou nu...

sem identidades ou mentiras,

sem falsidades ou intrigas

simplesmente nu...

com as minhas cicatrizes, arranhões,

nódoas negras e contusões...

marcas registadas, códigos de barras.

                     e entre o cair e o levantar está a poesia

 

Estou nu

em pêlos e pele creme

segurando um sexo que treme

com secreções a pesarem em mim,

qual tela em branco, mar sem fim,

despido das opacas camadas de roupa

que tanto se curvam no meu guarda-roupa.


Nu mas vivo.

Nu mas EU

NU no céu

Mais um dia em que a palavra se perdeu II

Fevereiro 15, 2013

poesianunorita

Mais um dia em que a palavra se perdeu

Em punhetas deitadas ao rio...

Momentos antes, de caneta erecta na mão

pensei que era o Tempo

e a tinta gotejou vigorosa sobre

coisas que eu sei mas não quero dizer.

Depois vi que o tempo não era meu para dizer

 

E agora forço a nota em pontapés de bicicleta

enrolados numa bola de letras que erra

o alvo perante o espanto do público,

quebro o pé às rimas que se recusam a violar

a minha privacidade e forço-as ao alfinete de peito calão,

faço recomendações de duvidosa utilidade

a criaturas de má vida e perpetuo-me

numa rede de tantos outros iguais a mim

em eternas menarcas adiadas

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